CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS
Por Me. Cláudio Fernandes
Você sabia que a história da América, isto é, de
toda a ação humana já transcorrida no continente americano, possui uma divisão
fundamental? Pois bem, dividimos a história da América entre antes e depois de
sua descoberta por Cristóvão Colombo,
em 1492. Essa divisão foi estabelecida não apenas para
facilitar nossos estudos, mas também para indicar a importância e a
singularidade do “choque” ou “encontro” entre europeus e nativos americanos. O
período anterior a esse “encontro” é denominado pelos historiadores e demais
estudiosos como “Período Pré-Colombiano”, e as
civilizações que se desenvolveram nesse período são conhecidas como “civilizações pré-colombianas”.
Ruínas de um templo maia, na Península de Yucatã, México
As principais civilizações que se desenvolveram na
América antes da chegada de Colombo foram os astecas, maias e incas. Os
astecas e os maias desenvolveram seus respectivos centros urbanos na região
conhecida como Mesoamérica, situada na América Central, entre o sul
do México e a Guatemala. Já a civilização inca estabeleceu-se ao longo da linha
dos Andes, na América do Sul, região que compreende os atuais Chile, Equador e
Peru.
Ao contrário de outras culturas, ou povos, que
habitavam todo o continente americano nessa época (como os tupi-guarani no
Brasil e os sioux, nos Estados Unidos), astecas, maias e incas são considerados
“construtores de civilização”, pois conseguiram desenvolver um complexo domínio
de metais, o que os possibilitou a criação de cidades, de sofisticados sistemas
de irrigação, plantio e outros elementos. Além disso, esses três povos também
conseguiram criar seu próprio sistema de escrita e várias composições
artísticas, das quais se destacam as grandes pirâmides de Tenochtitlán,
capital do Império Asteca.
A mais antiga dessas três civilizações era a dos
maias, cujo ápice de desenvolvimento ocorreu no século VII d.C. Ao contrário
dos astecas, os maias não conseguiram desenvolver um império unificado, mas
apenas grandes centros independentes, que começaram a declinar por volta do
século XIII d.C. Os astecas começaram a se projetar como grande civilização no
século XIV d.C., quando chegaram ao vale do México, vindos de Aztaclán. Seu
império foi o mais poderoso dos pré-colombianos, chegando a abarcar um
contingente de milhões de pessoas. Só a capital, Tenochtitlán, em seu auge,
chegava a comportar mais de 100 mil pessoas – número impossível para qualquer
grande cidade europeia da Idade Média e início da Idade Moderna. Tanto entre
astecas quanto entre maias, o culto ao deus solar era muito expressivo. A
exigência de sacrifícios humanos levava muitos prisioneiros de guerra à
decapitação e à extração do coração ainda pulsante.
O Império Inca, por sua vez, desenvolveu-se por
volta do século XII d.C. Sua capital era Cuzco e, tal como os
astecas e os maias, também cultuavam especialmente a divindade solar. O rei
inca, que, além de sacerdote, era também chefe militar, era considerado o filho
do Sol. Um dos pontos mais impressionantes da organização do vasto território
inca era sua complexa conexão de estradas, que varavam os altos picos da
Cordilheira dos Andes por meio de pontes feitas engenhosamente de cipós e
madeira.
Essas três civilizações sucumbiram, gradualmente,
com o início da colonização espanhola. Líderes de expedições de exploração,
como Hernan Cortéz e Francisco Pizarro, subjugaram
esses povos e abriram espaço para a montagem do sistema colonial a partir do
século XVI.
Referências:
https://escolakids.uol.com.br/historia/civilizacoes-pre-colombianas.htm